27 de outubro de 2008

Nazismo Evangélico


Gostaria muito de saber o motivo pelo qual, nós, chamados seguidores ou imitadores de Cristo fazemos completamente o oposto daquilo que Jesus fez e ensinou, e o porque, que muitos de nossos irmãos e irmãs andam pelas ruas de nossas cidades como se fossem melhores ou superiores ao resto da sociedade.

Você já reparou o olhar altivo de muitos cristãos, direcionado àqueles que não estão vestidos quem sabe da mesma maneira que eles? Ou a cara fechada, e de poucas amizades que os cristãos fazem questão de fazer quando chegam a um lugar cheio de pessoas de todos os tipos de raças e religiões?

Não consigo entender quem nos ensinou a ser assim, mas de alguma maneira um “Farizeu Nazista” foi sim gerado dentro de todos nós. E é esse fariseu dentro de nós que faz com que nos julguemos melhores do que aqueles que ainda não aceitaram a Cristo, e muito mais em relação àqueles que estão na margem da sociedade.

Adolf Hitler foi o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, também conhecido como Nazi, que possuía teses “Racistas” e “Anti-Semitas” e se considerava superior àqueles que não eram da raça considerada “pura”, no caso a raça Ariana.

Grupos como: Testemunhas de Jeová, eslavos, poloneses, ciganos, negros, homossexuais, deficientes físicos e mentais e judeus, eram marginalizados e em seguida brutalmente perseguidos e mortos, fato que ficou conhecido como “holocausto”durante o período da segunda guerra mundial.

Diz a história que A. Hitler era um homem que não admitia que seus oficiais e aliados fumassem, e ainda era uma pessoa polida e cordial no trato particular, quase paternal,
Hitler até gostava de se reunir com seus camaradas no restaurante, sempre pedindo um ravioli e água mineral, regado por papos discontraídos e muitas risadas.

Analisando o esteriótipo de Adolf Hitler, posso dizer que ele não era uma pessoa muito diferente dos crentes que lotam nossas igrejas. Pois a maioria deles não bebem, não fumam, são cordiais e mansos no falar com os seus irmãos e camaradas, porém não passam de “Nazistas Espirituais”, que marginalizam constantemente todos àqueles que são diferentes, pecadores, ou que até mesmo não se vestem ou pensam como eles.
É importante salientar que qualquer tipo de marginalização e preconceito é exatamente o oposto do que Jesus ensinou.

O amor segundo o apóstolo Paulo é o único dom que nunca perecerá e que pode verdadeiramente transformar alguém. Pois o amor é bondoso, não maltrata, e não se alegra com a injustiça...

Podemos ver relatados nos evangelhos que o Senhor Jesus, ao longo de seu ministério sobre a terra, deixou uma forte marca: o bom relacionamento com os pecadores. Jesus literalmente impressionava os religiosos da sua época, com demonstrações de amor e compaixão.

Então, agora é a nossa vez de impressionar e comover os religiosos da nossa época e todo o resto da sociedade, com demonstrações de amor, compaixão e afeto que possam destruir todo tipo de preconceito, ódio, ou sentimento de superioridade que ainda exista entre os homens.


Edificados Sejamos!

29 de maio de 2008

Perversão à Graça de Deus

“Estes são ímpios, e transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor” Judas v. 4.

E vocês achavam que nunca trataríamos desse assunto não é mesmo? Pois vamos lá...

A situação era tão séria que Judas muda o teor da sua carta (v.3). Aquele que queria falar de salvação, pecado, culpa do homem, amor e graça de Deus; se vê na obrigação de alertar seus leitores sobre um perigo real e presente nas igrejas de sua época.

E qual era o perigo? Gnosticismo Antinominiano. Meu Deus, você pode exclamar. O que é isso? Muito bem: gnosticismo vem do grego (ginosko ou gnose) e quer dizer essencialmente conhecimento. Os gnósticos reivindicavam um “saber místico” e afirmavam que a salvação seria adquirida com esse saber. Tinham como uma de suas doutrinas principais a alegação de que “a matéria era má, e somente o espírito era bom”. Por sua vez o antinomianismo, do grego (anti) que significa contra e (nomos) que significa lei, era totalmente avesso à Lei Mosaica, em especial a Lei Moral.

Agora façamos o seguinte: juntemos os gnósticos e sua forma de pensar com os antinomianos. É a receita perfeita para um distanciamento da verdade que liberta e salva. Esses hereges declaravam que se podia fazer tudo através do corpo, e que essas atitudes não teriam influência sobre o espírito do homem. Incentivavam todo tipo de depravação sexual, inclusive o homossexualismo, afirmando que esses pecados não seriam contados contra eles. Resumindo: transformavam liberdade em libertinagem.

E hoje? É claro que estamos enfrentando a mesma situação. Países onde igrejas que se dizem “evangélicas” estão aprovando união de homossexuais. Dizem eles que tudo pode, nada é errado ou pecado. Com certeza é uma clara perversão da inefável graça de Deus.

Ignoram as palavras do apóstolo Paulo aos romanos: “ ... que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma! Nós os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?” Romanos 6:1,2.

Não podemos ignorar os fatos, o que era realidade para Judas é pra nós também. Devemos combater esses falsos ensinos e viver de maneira equilibrada. Se nós nos afastarmos da maravilhosa graça seremos legalistas. Se ficarmos a quilômetros da Lei do Senhor seremos verdadeiros antinomistas, abusadores (no mal sentido) da graça de Deus.

Que Ele por meio de Sua palavra, nos guie no caminho da verdade e do equilíbrio.

Edificados sejamos!

15 de maio de 2008

Falsos mestres não merecem hospitalidade.

“Se alguém chegar a vocês e não trouxer esse ensino, não o recebam em casa nem o saúdem” 2 João 10.

Aquele que ainda não presenciou a pregação de um falso mestre atire a primeira pedra. Eles estão em toda a parte. E o início dessa história toda se dá na igreja primitiva. O apóstolo João, já na sua velhice, escreve a segunda epístola chamando a atenção para um problema na hospitalidade. Não que a hospitalidade em si fosse um problema, nunca foi. O foco do problema estava em ser hospedar hereges. Nos tempos do Novo Testamento ser hospitaleiro era um dever de todos, principalmente dos cristãos.

Na época, com o crescimento de “pregadores itinerantes” surgiu essa questão: a hospitalidade a falsos mestres (talvez pensando-se que eram verdadeiros). A petição do apóstolo é dura, já que todos crentes tinham prazer em serem hospitaleiros, ainda mais para pregadores do evangelho. Mas com o surgimento dos gnósticos primitivos, surgiram também as primeiras heresias “cristãs”. Esses hereges viajavam pelas cidades, assim como os verdadeiros pregadores.

João pediu aos seus destinatários - ou à sua destinatária – que não recebessem pessoas com um falso ensino e nem saudassem esses falsos mestres nas ruas.

A pergunta é a seguinte: e nós, como temos reagido frente a esses mestres? Muitos líderes além de aceitarem esses falsos pregadores, convidam os mesmos para pregar em suas igrejas. E as heresias se proliferam. Animadores de púlpitos, motivadores, anuladores da graça, legalistas ou antinomistas, tanto faz. Cobram preços exorbitantes, enriquecem a custa dos incultos e tornam-se “milionários do evangelho”.

E nós o que fazemos? Nós idolatramos essa gente. Fazemos até ranking pra saber quem é o melhor pregador do país. Enquanto isso o evangelho padece. Realmente é hora de acatar de forma mais profunda o conselho de João: não pregou Cristo, o filho de Deus? Rua! E não volte mais!

Voltemos ao evangelho da graça de Cristo!

Edificados Sejamos!

10 de maio de 2008

Vinho Novo??? Odres Novos!!!

“...nem se põe vinho novo em vasilha de couro velha; se o fizer, a vasilha rebentará, o vinho se derramará e a vasilha se estragará. Ao contrário, põe-se vinho novo em vasilha de couro nova; e ambos se conservam” Mateus 9:17.

Você já teve uma idéia brilhante?
Uma idéia nova?
Um ensino mais profundo, e não superficial como o de hoje?

Se sua resposta foi sim, temos certeza que você esbarrou em alguém. Temos certeza que alguém já lhe disse a seguinte frase: “Isso é inovação, isso é pecado, ou ainda, isso não está de acordo com a visão desta igreja”. E assim por diante.... Muitas frases se ouvem nessas situações.

Pois é, Jesus enfrentou a mesma oposição por parte dos fariseus. O ensino que Cristo trouxe era uma novidade que não poderia ser vivida nas formas antigas da lei. E por isso Ele foi questionado sobre seu modo de viver e ensinar; especificamente sobre o jejum dos seus discípulos.

Jesus simplesmente respondeu a esse questionamento com a parábola do vinho novo em odres velhos. Naquela época os odres (recipientes) eram feitos de pele de cabras. À medida que o suco de uvas frescas fermentava, o vinho se expandia, e os odres novos se esticavam. Mas um odre velho não suportava vinho novo, ele esticava (devido à fermentação) e estourava.

Entendeu por que é tão difícil novas idéias se expandirem? Essas idéias são como vinho novo! E muitos líderes são como odres velhos. Não podemos derramar de uma só vez todo o vinho novo. Isso iria romper drasticamente esses “odres velhos”.

Isso apenas pede a nós jovens um pouco mais de paciência. Odres novos estão surgindo, onde o vinho novo poderá ser derramado sem medida. Não podemos parar de maneira alguma o derramar do vinho novo. Sabemos que na época de Cristo os religiosos não aceitavam seu ensino “diferente”. E é evidente que os religiosos de hoje também não aceitarão.

Mas Ele desistiu? Não! Ele cria que o Pai havia lhe enviado e foi até o fim.

Prossigamos e edificados sejamos!

7 de maio de 2008

Chamados Pela Graça - Parte 2

Paulo escreveu a epístola aos convertidos gálatas em algum tempo entre 48 e 58 dC. Judaizantes (Judeus convertidos ao cristianismo) tinham procurado fazer os gálatas se voltarem contra Paulo, e os convenceram que, como gentios, eles precisavam ser circuncidados e observar o ritual da lei a fim de serem salvos.

Nesta epístola o apóstolo dos gentios não devia prestar atenção a um pecado moral, como no caso dos coríntios, mas sim à um mal doutrinário, dos mais graves.

Segundo JB Phillips no (Tranlation of the New testament), “os queridos idiotas gálatas” (Gl. 3:1), foram como que enfeitiçados e enganados por falsos mestres, e estavam abandonando a maravilhosa graça (único meio de salvação), para retornar a uma religião de obras.

Hoje as nossas tribunas estão infestadas de “pregadores”. Lugar onde alegam indiretamente que a graça, já não é mais suficiente, e ainda utilizam versículos isolados das escrituras sagradas, para justificar sua legalista maneira de viver.

Esquecendo-se que Cristo nos redimiu da maldição da Lei, quando se tornou maldição em nosso lugar. (Gl. 3:13).

Esses pregadores que assim pregam, tropeçam exatamente naquilo que preocupava o apóstolo Paulo no que diz respeito aos gálatas: o abandono da graça. Como diz João Alexandre – músico cristão contemporâneo - em sua música É Proibido Pensar:

"Reconstruindo o que Jesus derrubou
Re-costurando o véu que a cruz já rasgou
Ressuscitando a lei pisando na graça”.

Que Deus nos dê graça para viver e pregar o verdadeiro “Evangelho”.

Chamados pela Graça – Parte 1

Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho. Gl. 1:6

A pergunta vem: por que “isolar” do versículo (Gl. 1:6) ...chamou pela graça de Cristo... para considerar-se chamado pela graça? Você com certeza já ouviu a expressão unir o útil ao agradável.

Explicamos: de fato somos chamados pela graça como o apóstolo Paulo escreveu. E não vamos isolar essa frase do contexto em que ela está inserida. Paulo está estupefato com a situação das igrejas da Galácia. O Evangelho por ele anunciado (com “E” maiúsculo) estava sendo “substituído” por outro evangelho (esse com “e” minúsculo).

E por causa da insistência dos legalistas em afirmar que a lei era necessária para a salvação, Paulo se vê “obrigado” a refutar tal doutrina.

É com esse objetivo que criamos este blog. Vamos unir o útil ao agradável: sendo chamados pela graça trataremos de assuntos atuais, assuntos que sempre existiram, e que, nunca saíram de cena, desde os tempos dos apóstolos.

Esperamos que vocês possam ser edificados.